sexta-feira, 2 de setembro de 2011

CORAGEM PARA LUTAR, CORAGEM PARA VENCER



"Os quais por meio da fé venceram reinos, praticaram a justi¬ça, alcançaram promessas, fecharam a boca dos leões." (Hb 11:33.)

Nos últimos dias Deus tem levantado remanescentes na igreja, os quais estão dispostos a mudar qualquer histórico negativo e medíocre, qualquer sentença de acusação que havia contra nós, qualquer jugo de baixa auto-estima. His¬toricamente, vemos que o catolicismo colocou jargões e es¬tereótipos contra a igreja cristã evangélica por séculos. De¬pois veio o resultado daquela semente: a sociedade foi cru¬el conosco. Vivíamos tempos primitivos: jogavam ovos po¬dres, tomates e pedras; insultavam-nos com palavrões, blas-fêmias e calúnias; muitos pastores e evangelistas eram pre¬sos por pregarem o Evangelho. Foi uma inquisição em ou¬tro nível. Depois começou a guerra do Estado contra a Igre¬ja. Não tínhamos paz, éramos "discriminados", não tínha¬mos oportunidades, as portas dos cargos públicos se fecha¬vam; enfrentamos uma verdadeira guerra de sobrevivên¬cia, mas vencemos essas etapas.
Logo após veio a guerra mais cruel: a que se dava entre irmãos. Não havia união, nem unidade; o comportamento da Igreja de Jesus era similar ao relacionamento de judeus e árabes. Essa guerra foi a mais traumática de todas, pois não era externa e sim interna. Vimos denominação contra denominação, igreja contra igreja, pastor contra pastor, pastor contra ovelha, ovelha contra pastor, ovelha contra ovelha, etc. Essa foi a mais cruel e traumática de todas.
Porém, a situação não está resolvida completamente. Ain¬da temos resquícios dessa guerra. Com isso, o adversário ga¬nhou territórios e fragilizou a capacidade de avanço da Igre¬ja; enfraqueceu os relacionamentos e fortaleceu reinos par¬ticulares. Vivemos a realidade do eu sou de Paulo; ou, eu de Apoio; ou, eu sou de Cefas; ou, eu de Cristo (1 Co 1:12). Entretanto, mesmo em meio a tantas controvérsias, levan¬taram-se arautos, atalaias, para bradarem um novo com¬portamento e dar rumos a um novo começo. Classificamos esses como os ungidos de Deus, dotados de uma coragem não-humana, acima da mediocridade e da esfera comum, cheios do amor de Deus no seu coração para abortarem todo medo (1 Jo 4:18). Esses são os valentes de Deus!

Como podemos detectar se somos a geração profetiza¬da por Joel no capítulo dois?
"Um povo grande e poderoso, qual nunca houve, nem depois dele haverá: como cavaleiros, assim correm; um povo poderoso, posto em ordem de batalha. Diante dele todos os semblantes empalidecem. Correm como valentes, como homens de gueira sobem os muros; e marcham cada um nos seus caminhos c não se desviam da sua fileira. Não empurram uns aos outros; marcham cada um pelo seu carreiro; abrem caminho por entre as armas, e não se detêm. Dian¬te deles a tara se abala. E o Senhor levanta a sua voz diante do seu exército, porque muito grande é o seu arraial; e poderoso é quem executa a sua ordem." (Jl 2.4-1 1 - grifo do autor.).

A seguir, podemos detectar algumas características que julgamos fundamentais para o avanço de Reino do Messi¬as, e para cumprirmos a Sua palavra que diz: "O aumento do seu reino não terá fim." (Dn 2:44; Lc 1:33.)

1. SER UM HOMEM CONSCIENTE DA CHAMADA
Adão, Abraão, Isaque, Jacó (Israel), Moisés, Josué, Calebe, Elias, Eliseu, Neemias, Esdras, Rute, Ester, Davi, os discípu¬los e apóstolos não representaram apenas figuras humanas históricas, porém, gerações de valentes de Deus que muda¬ram contextos, realidades opostas aos princípios de Deus. E não apenas esses, outros mais entraram na galeria da fé e não se renderam às propostas absurdas do reinado contaminado. Eles foram provados como Daniel, Hananias (Sadraque), Misael (Mesaque) e Azarias (Abde-Nego), os quais passa¬ram pelo fogo, pela água e por covas de leões. Muitos, nos nossos dias, entram também para essa galeria, mas, infeliz¬mente, outros entram numa "galeriazinha". Vigie!
Todos nós fomos chamados por Deus para algo grandio¬so. Cada um dentro da sua perspectiva, cada um na sua fileira. Ninguém no reino precisa estar ocioso! Na Visão da Igreja Celular podemos nos ocupar em 100%, e fazer exata¬mente o que o Senhor mandou que fizéssemos: discípulos de todas as nações (Mt 28:19). Que tipo de discípulo é gera¬do por um valente de Deus? Você não é mais um na regra, você é a exceção à regra. Deus tem uma promessa para nos¬sa geração e, com certeza, vamos galgar nossa vitória. Nós, em Deus, somos diferentes, para fazer a diferença.

2. SER UM HOMEM DE FÉ
"Sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam." (Hb 11:6.) Em Gênesis 18:2 e 6, vemos Deus levantando governos pela fé. É muito difícil, depois de termos passado por tantos estig¬mas, amoldarmo-nos a uma perspectiva tão diferente da re-alidade que se nos apresenta: ter fé para conquistar reinos. Hebreus 11:27 diz: "Pela fé Moisés rompeu com o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei: Antes per-maneceu firme como quem vê aquele que é invisível, Deus". "Pela fé venceram, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas e fecharam a boca de leões." (Hb 1 1:33.)

3. TER UNIDADE DE PROPÓSITO
Pela unidade, até Jesus romperá as nuvens para vir bus¬car a Sua noiva. Pelo fato de que a Sua Igreja é um só Corpo, todos crerão que Ele é o Messias (Jo 17:23). Para quê Jesus virá? Para reinar, governar, legislar para sempre (Mq 4:1-7). Será um reino completamente diferente, não terá o modelo da Terra, mas seguirá o modelo do céu. E o aumento do seu reino não terá fim! (Lc 1:33.) Sabe por que Jesus disse em sua oração "assim na terra como nos céus"? Porque Ele tem um modelo para implantar na Terra, que é o modelo do céu, e ele não poderá ser implantado por incircuncisos que não temem a Deus. Esse modelo tem de ser implantado por pes¬soas que conheçam o Legislador e a legislação sagrada.

"Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela pala¬vra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê." (Hb 11:3.)

"Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí; pe¬rante aquele no qual creu, a saber, Deus, que vivifica os mortos, c chama as coisas que não são, como se já fossem." (Rm 4:17.)

Teremos um modelo do céu na Terra, quando todos co¬nhecerem o Messias Jesus, e o novo nascimento da semen¬te incorruptível alcançar a nossa gente (1 Pe 1:23).
Agora, não podemos aceitar que uma comunidade que diz ter essa semente incorruptível viva na dimensão do rei¬no da Terra, sem ousar viver o Reino do céu. O Reino de Deus está dentro de nós (Lc 17:21).
Eu e você somos responsáveis para proclamarmos esse reino, se ele estiver dentro de nós, é claro! E isto será por fé, pois é o único e funcional recurso que possuímos. Quando funcionamos na unidade, os milagres se manifestam.

"Da multidão dos que criam, era um só o coração e uma só a alma, e ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. Com grande po¬der os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Je¬sus, e em todos eles havia abundante graça. Pois não havia entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam e o deposita¬vam aos pés dos apóstolos. E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade." (At 4:32-35.)

Você crê nesse milagre? Pois, meu irmão, nós governare¬mos com justiça e eqüidade, e veremos as manifestações de sinais, prodígios e maravilhas. "A Jesus, o nazareno, varão aprovado por Deus entre vós, com milagres, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mes¬mos bem sabeis." (At 2:22.) O mais notável é que eles re-conheceram o reinado de Cristo e os apóstolos anuncia¬ram isso: "Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse mesmo Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Se¬nhor e Cristo." (At 2:36 - grifo do autor.)
Esse texto fala do domínio da Terra e do céu; é a demis¬são do diabo para empregar o reino de paz. Duas palavras gregas aparecem ali. Primeira: Kristós, que significa ungido ou Mashia; governo diferente, poder concentrado, reino esclarecido, reino de unidade, reino de vitória. Essa é a es¬perança messiânica, para trazer o reino de paz. Segunda: Kírios, que significa Senhor, ou seja, autoridade política, senhorio pleno, aquele que governa, que tem o poder nas suas mãos. Foi por isso que quando Herodes mandou seus súditos inquirirem a Jesus, ele respondeu com a consciên¬cia messiânica, da seguinte forma: "Diga àquela raposa que eu vou continuar pregando; sei que vou morrer, mas vou ressuscitar, porque tenho poder para dar a vida e para res¬suscitar na hora que eu quiser" (Lc 13:32). Isso é a mani¬festação de um reino visível e invisível.
Queridos do Pai, nós sabemos que somos nascidos de Deus e "todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé" (1 Jo 5:4). Essa geração nasceu para implantar o reino do céu, por isso tem de sustentar as características do Reino como va¬lentes de Deus. Os covardes encabeçam a lista daqueles que não têm herança com o Pai (Ap 21:8). Vamos viver exatamente o que Deus quer que vivamos, pois nascemos para a excelência, para sermos cabeça, e não cauda. É me¬lhor ser cabeça de beija-flor do que ser cauda de pavão. A nossa geração vai dar continuidade aos planos de Deus e não seremos classificados como covardes, mas como aque¬les que, com ousadia, conquistam o seu espaço.